quarta-feira, 26 de setembro de 2007

X

...e assim chegamos ao nosso décimo post, representado "romanamente" no título!

Parabéns, Além-Mar! Estás crescendo com rapidez!

Mais semelhanças



Até nos dizeres de seus títulos e na simbologia dos seus brasões, estas maravilhosas cidades têm semelhanças. E lealdade parece ser a mais gritante, vibrante e marcante delas.

O Brasão de Porto Alegre apresenta o título concedido por Dom Pedro II, então imperador do Brasil, devido a sua resistência e lealdade durante os anos da Revolução Farroupilha: Leal e Valerosa Cidade de Pôrto Alegre.

E o título de Mui Nobre e Sempre Leal Cidade de Lisboa, quem explica sua origem?

Ponte Vasco da Gama

Espero que a ponte de Porto Alegre fique ainda mais bonita do que a que une Lisboa ao Montijo, a Ponte Vasco da Gama.
E que o seu impacto ambiental seja inferior!
Mas deixo aí a foto da lindíssima ponte e a sua entrada na Wikipedia.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Semelhanças à vista!

Fala-se em construir uma nova travessia por sobre o (Rio, Lago, Estuário, etc...) Guaíba, em Porto Alegre. E a proposta aponta para uma ponte estaiada, conforme foto à esquerda, bastante semelhante ao vão principal da Ponte Vasco da Gama, de Lisboa. Seria mais uma semelhança entre estas belas cidades?
Seu objetivo é termos alternativa ao vão móvel da travessia atual (foto à direita), um dos símbolos da Capital dos Gaúchos, para que o fluxo dos automóveis não seja interrompido pelo ir e vir dos navios.

Outono em Portugal?

Em Lisboa o tempo também está frenético.
Há uns dias, quando cheguei (sim, só faz pouco mais de uma semana que estou em Lisboa) estava frio.
Depois melhorou um pouco a temperatura e hoje estamos pela máxima de 28.º.
Estas temperaturas são, no mínimo, interessantes.

Contador adicionado

Contador adicionado, através da margem lisboeta, com a Rua de São Bento lá fora.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Primavera no Hemisfério Sul?

Após um final de semana de chuvas intensas e constantes, a segunda-feira amanheceu com temperatura baixa - 9°C - em Porto Alegre (no interior do estado mais meridional do Brasil, os termômetros aproximaram-se de zero).

Esse é o prenúncio de uma primavera cheia de surpresas climáticas? Ou é a famosa cheia de São Miguel? Sei lá. O que interessa é que o frio retornou após dias de calor forte. E é isso, esta variação sem nexo, que torna o clima do Rio Grande do Sul tão amado e odiado.

sábado, 22 de setembro de 2007

Contagens

Desafio à navegação: o primeiro que puder deve colocar um contador de entradas.
Existe a Bravenet, por exemplo, que é bem legal.

Revolução Farroupilha II

A Revolução Farroupilha tem aspectos ímpares.
Um dos que sempre friso quando estou em Portugal e acho que nós nem pensamos sobre isso, é que devemos ser um dos únicos povos do mundo que festeja a sua independência estando incorporados numa Federação que lutou contra nós.
Nós festejamos sem nos importar com nossa integração num todo maior.
E o todo respeita tanto as nossas tradições que não levanta objecções - ou se levanta não as revela.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Revolução Farroupilha


Buenas... Já que é para começar, vamos lá, vivente. Estamos aqui para falar de tudo o que acontece além-mar, ou seja, informar, de dois extremos do Oceano Atlântico, aquilo que está ocorrendo do lado de cá, para que chegue ao lado de lá!

E no momento, hoje, exatamente, o Rio Grande do Sul está em festa. Feriado cívico. Trata-se do 20 de Setembro. Há exatos 172 anos, o povo riograndense pegou em armas e revoltou-se contra o então Império Brasileiro. Sob o comando de Bento Gonçalves da Silva, um grupo de gaúchos da região sul do estado, a região mais desenvolvida daquela época, iniciou um protesto contra os governantes que acabou culminando numa revolução e na proclamação da República Rio-Grandense, já no ano seguinte.

A verdadeira história da revolução (dentro do que é possível tentarmos definir como "verdadeira") mostra que os rebeldes do início eram os ricos estancieiros, criadores de gado e proprietários de fazendas de charque (carne conservada em sal), as charqueadas. Acontece que por aqueles idos de 1835, o Império Brasileiro, representado por Dom Pedro II, ainda imberbe, na prática governado por regentes eleitos junto à corte, aumentava significativamente as taxas sobre o charque gaúcho. Enquanto isso, o charque platino, oriundo dos países vizinhos (República Argentina e República Oriental del Uruguay, situados às margens do Río de la Plata), ingressava no Brasil com preço inferior ao praticado pelos gaúchos. Portanto, nenhuma novidade na América Latina de 172 atrás, governada por corruptos e liderada por ricos estancieiros (hoje, industriais).

Apesar dos interesses particulares de um pequeno grupo de fazendeiros-latifundiários-escravagistas-comerciantes, a revolução teve seu lado positivo (incrível termos visões positivas de uma guerra. não?) que foi a união do povo gaúcho em torno de suas culturas e tradições, dos seus brios e valentias. Foram 10 anos de batalhas pelo solo gaúcho e catarinense, onde republicanos e imperiais se enfrentaram em pelo menos 118 ocasiões "oficiais". E mesmo com contingente bastante maior, os imperiais necessitaram de 10 anos para neutralizar a força que brotou desse chão. Reforçado por índios e escravos, os farroupilhas mostraram todo seu poder agregador (através de promessas de libertação de escravos negros, por exemplo, idéia nunca imaginada antes nessas paragens e bastante controversa entre os próprios revolucionários. Bento Gonçalves dispunha de um escravo particular para afeitá-lo nos acampamentos) e força tática e física, para incomodar (e muito) o poder central do império.

Mas hoje, após estes 172 anos, o gaúcho do Rio Grande aprendeu a unir-se, apesar de suas históricas polarizações. Sejamos maragatos ou chimangos, direitistas ou esquerdistas e até mesmo gremistas ou colorados, o fato é que o Rio Grande do Sul tem um só povo, unido em ideais e tradições. Até mesmo a Leal e valerosa cidade de Pôrto Alegre, honra recebida pelo próprio imperador Dom Pedro II, por nunca ter sido infiel ao império nos 10 anos de guerra, é idolatrada nas comemorações farroupilhas. A sempre resistente cidade manteve-se ao lado do império e hoje é o centro das comemorações que marcam anualmente esta terra maravilhosa.

Podemos não ter tido o êxito premeditado (nem tão premeditado assim) de criar um novo país. Mas, com certeza, uma nova nação originou-se daqueles anos tristes e duros de guerra, onde um bravo e heróico povo surgiu das chagas deixadas pela Revolução Farroupilha. Foi ali que começamos a conhecer o gaúcho riograndense, que difundiu seus hábitos (churrasco de carne gorda e um bom mate), suas culturas, seus princípios morais e justos.

Um viva à Revolução Farroupilha, à República Rio Grandense, ao 20 de Setembro e 1835 e ao povo gaúcho, tchê!