segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Beijing em Portugal

A minha, de luso-brasileiro, também. Mas como concordo com quase tudo que está aí no link, limito-me a linkar isso e a dizer que também me impressiona a falta de expressão do Brasil, não em termos de medalhas, mas em competição. Não pelos atletas, como é óbvio. O negócio é mesmo falta de apoio ou ainda antes do apoio, de incentivo a fazerem qualquer coisa diferente do futebol.
Mesmo no Futebol, se os resultados vão aparecendo, o certo é que vemos muita gente apenas formada em dar chutes numa bola, mas absolutamente alheios à uma cultura de cidadania que devia ser uma imposição em todos os esportes.

domingo, 24 de agosto de 2008

E a Globo corrobora

Todo o desabafo olímpico do post anterior acabou sendo corroborado pela Rede Globo de Televisão, a maior emissora do Brasil. Acontece que a Globo, com o fim dos Jogos Olímpicos de Pequim, está anunciando o próximo "Grande Evento Esportivo Mundial". Só que, ao invés de se referir ao Pan-Americano de 2011 ou à Olimpíada de 2012, está falando da Copa do Mundo de Futebol de 2010, a ser realizada na África do Sul, a primeira da história no continente africano.

Não estou dizendo que a Copa não seja importante. Pelo contrário. É o maior evento em termos de audiência, sem dúvida alguma. Mas no momento que o Brasil necessita de apoio aos outros esportes, não imagino que enaltecer o futebol seja a melhor alternativa. Porém, cada um tem seu interesse financeiro envolvido. E como o que interessa para a Globo é a audiência, vamos sofrer pelo menos mais dois anos vivendo apenas de futebol no mundo esportivo.

sábado, 23 de agosto de 2008

Olimpíada 2008 - Beijing (Pequim)

Mais uma edição dos Jogos Olímpicos. E mais uma vez o Brasil decepciona como país, como conjunto, como nação. Dentre 190 milhões de habitantes, o número de medalhas conquistadas chega a ser inexpressivo.

Claro que as conquistas de Cesar Cielo e Maurren Maggi podem me contradizer. São duas meldalhas de ouro conquistadas por brasileiros, por dignos representantes da maior nação latino-americana.

Mas não! São a comprovação de que apenas o talento nato somado a investimento pode levar atletas ao topo. Assim como Joaquim Cruz, Ricardo Prado, Aurélio Miguel, Gustavo Borges, Fernando Scherer, Gustavo Kuerten (este não conquistou nada olímpico), João Derly (também não teve conquista olímpica) e Daiane dos Santos (também fora dos pódios olímpicos), para ficar em alguns exemplos dos útlimos 25 anos, obtiveram suas conquistas por méritos individuais. Nunca, jamais tiveram apoio governamental para uma competição, salvo após a primeira aparição pública. Quem sabia que Guga estava disputando o torneio de Roland Garros antes da sua primeira final? Quem conhecia Aurélio Miguel antes de Seul? João Derly só surgiu para o país quando conquistou seu primeiro mundial de judô. Antes, era um anônimo qualquer.

Não cito aqui Rodrigo Pessoa, Robert Scheidt ou os irmãos Grael, pois seus esportes são sabidamente caros, distintos do resto.

Mas insisto na falta de incentivo ao esporte no Brasil. Nem mesmo o futebol, paixão nacional, recebe incentivos ou formação. Segue-se trabalhando em cima dos talentos individuais, sem treinar ou ensinar fundamentos aos atletas. Quem nasce com o dom tem chances. Os outros, nunca terão a oportunidade de sequer descobrir qual é o seu esporte, tal qual Daiane dos Santos fora descoberta numa pracinha de brinquedos de Porto Alegre.

Assim, o futuro olímpico do Brasil segue nas divinas mãos do destino, enquanto os governos federal, estaduais e municipais ficam apenas colhendo os frutos dos talentos natos e explorando suas imagens futuras.

Será que a Olimpíada de 2016, com probabilidades de ser disputada no Rio de Janeiro, verá brasileiros com chances de pódio? Ou conquituaremos dependendo da sorte de poucos para galgar posições no quadro de medalhas?